quarta-feira, 3 de junho de 2009

Cem anos de Carlos Chagas: uma parceria entre o espaço formal e não formal de ensino

Carlos Ribeiro Justiniano das Chagas (1878-1934), mais Conhecido como Carlos Chagas, foi uma das grandes personalidades da ciência brasileira, tanto pelo seu pioneirismo na área de saúde pública, como também pela sua descoberta do ciclo da doença de chagas, demonstrando que o barbeiro é o principal vetor do protozoário (Trypanosoma cruzi CHAGAS). Cabe destacar, que nesse ano de 2009 é comemorado o centenário da descoberta da doença de chagas (realizado em abril de 1909) e que essa data serve como grande incentivo para as atividades de divulgação e difusão científica, principalmente por ter uma função social preventiva para a população.

Sabe-se por meio de pesquisa, que os cientistas brasileiros são pouco conhecidos pela população, pois em entrevista feita pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, a população identificou apenas alguns poucos cientistas, que possuem uma maior projeção nos meios de comunicação. Dentre eles destacam-se: Oswaldo Cruz (36%), Santos Dumont (32%), Cesar Lattes (4%) e Marcelo Gleizer (3%) (Panella, 2004). Apesar de Carlos Chagas (8%) ter sido citado na pesquisa como uma das personalidades, sua representatividade ainda pode ser considerada tímida, principalmente em relação à importância do conhecimento de sua descoberta para a população brasileira.

Desta forma pretende-se neste trabalho apresentar a história de Carlos Chagas e suas descobertas, através de diversas atividades a serem realizadas em uma turma do ensino fundamental, de uma escola pública da Zona Sul do Rio de Janeiro, a Escola Municipal Vital Brasil, e este blog servirá de espaço para a divulgação de todas as etapas do projeto.

Além disso, pretende-se estimular uma reflexão sobre o enriquecimento que as parcerias entre espaços formais e não formais propiciam ao estudante, ampliando suas experiências e conhecimentos, tornando sua aprendizagem mais prazerosa e dinâmica. Pois o ensino em sala de aula é classificado como espaços de educação formal[1] e pretende-se neste projeto desenvolver atividades ligadas ao ensino não formal, principalmente por utilizar mídias e ferramentas típicas da divulgação científica como exposição, peça teatral, apresentação de materiais áudio-visual entre outros recursos.


[1] A autora Martha Marandino explora as diferenças entre a definição de educação formal e não – formal onde os museus estariam contemplados. “(...) os museus vêm sendo caracterizados como locais que possuem uma forma própria de desenvolver sua dimensão educativa. Identificados como espaços de educação não-formal, essa caracterização busca diferenciá-los das experiências formais de educação, como aquelas desenvolvidas na escola, e das experiências informais, geralmente associadas ao âmbito da família” (Marandino, 2008).

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